Sobre o projeto

Ba-ta-clan, 17 de agosto de 1867, p.8. Déménagement de Ba-ta-clan. Charge publicada em 1867 anunciando a mudança das oficinas de litografia e tipografia do periódico satírico Ba-ta-clan, do número 169 da Rua do Ouvidor para o número 133 da Rua do Hospício, no Rio de Janeiro. A ilustração, assinada por J. Nihl, ironiza o deslocamento físico das oficinas como uma cena de humor urbano. A imagem sintetiza o espírito do projeto Documentar: fontes para a cultura gráfica, que mapeia a rede de produção do impresso no Rio de Janeiro oitocentista, revelando os trajetos, endereços, diferentes agentes e modos de produção que configuraram a cultura gráfica carioca do século XIX.

Dedicado ao levantamento e à análise da atividade gráfico-editorial no Rio de Janeiro do séc. XIX, o projeto Documentar: fontes para a cultura gráfica (UFMG | CNPq) reúne e investiga as múltiplas dimensões da produção impressa oitocentista: fundição de tipos, comércio de máquinas gráficas, tipografia, estamparia, litografia, papelaria, encadernação e livraria.

A partir de ampla documentação arquivística e bibliográfica – com destaque para os jornais disponibilizados pela Hemeroteca Digital Brasileira e para documentos manuscritos e impressos preservados na Biblioteca Nacional, no Arquivo Nacional, no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro e no Museu Imperial – foi consolidada uma base de dados com mais de 5.000 registros da atividade gráfico-editorial oitocentista e centenas de endereços de estabelecimentos do setor que sustentam hoje a construção de uma cartografia histórica da cultura gráfica oitocentista.

O levantamento de dados, ainda em curso, nos permitirá, com todas as ausências e riquezas de seus matizes documentais, realizar uma leitura mais ampliada – e em múltiplas escalas – das atividades do setor gráfico-editorial no Rio de Janeiro ao longo de todo o século XIX. Trata-se de tentar se aproximar do burburinho do cotidiano, das disputas entre fundidores anônimos às trajetórias de aprendizes e mestres, dos discursos sobre as artes gráficas aos diferentes estatutos jurídicos dos trabalhadores, trata-se de tentar apreender os pequenos gestos de sobrevivência e reinvenção dos espaços de trabalho. Não se trata, ainda, de uma prosopografia do mundo do impresso, cujos estudos de referência nos dão a medida da amplitude da tarefa, mas de uma primeira tentativa de sistematização que oferece uma lista espacializada e documentada dos estabelecimentos e práticas e, com isso, indícios para nortear a pesquisa em acervos físicos, de acesso mais restrito, incluindo fontes jurídicas, criminais e notariais, em um trabalho que, como não poderia deixar ser, só pode ter continuidade se realizado coletivamente.

A base de dados construída até aqui oferece as condições para compor um programa de pesquisa organizado em três eixos principais:

  1. Espacialização dos registros de atividades do setor gráfico, com ênfase no georreferenciamento de endereços e na análise das transformações urbanas e zonas de concentração;
  2. Estudo das práticas cotidianas do trabalho gráfico-editorial, voltado à compreensão das rotinas, técnicas e sociabilidades do mundo do impresso;
  3. Construção de uma prosopografia dos trabalhadores do impresso, que permita identificar padrões coletivos de origem, trajetória e redes de relações sociais e profissionais.

Em sua etapa atual, e considerando as especificidades da cartografia histórica, optou-se por iniciar a espacialização com um conjunto de dados da década de 1860, tomando como base a planta elaborada por Edward Gotto – levantada em 1866 e publicada em 1871 –, utilizada como referência para a elaboração do primeiro mapa autoral do projeto, sobre o qual foi distribuído o primeiro núcleo de informações geoespaciais. A seleção da base de dados conformada para a espacialização da década de 1860 reúne cerca de 500 entradas abarcando oito categorias de atividades em exercício no mundo gráfico-editorial: tipografia, papelaria, encadernação, litografia, livraria, estamparia e gravura, máquinas gráficas e fundição de tipos. 

Ainda que os termos tipografia ou livraria abarquem atividades muito distintas na produção e no comércio do impresso oitocentista – da oficina ruidosa dos prelos mecânicos à pequena loja que ainda dependia de um prelo de madeira; de salões de sociabilidade letrada ao modesto e heteróclito armazém – optou-se por manter os termos tal como aparecem na documentação consultada. Da mesma forma, as categorias fundição de tipos, tipografia, litografia, estamparia e encadernação foram mantidas, respeitando a forma como os próprios profissionais se referiam a seus negócios. Já nos casos em que as designações eram mais instáveis, como nas práticas de fabricação e comércio de papel, optou-se por adotar o termo abrangente papelaria, capaz de reunir oficinas e casas comerciais de natureza variada, indo de papel de impressão à pautação e objetos de escritório. De modo semelhante, o termo máquinas gráficas foi empregado para identificar o comércio e a circulação de equipamentos e utensílios tipográficos, frequentemente associados às fundições de tipos, mas também presentes em anúncios e transações de equipamentos de segunda mão, envolvendo ferramentas e até oficinas inteiras.

Cada registro espacializado é acompanhado de uma caracterização sumária, formulada a partir da documentação levantada e de sua amplitude variável: alguns estabelecimentos ou práticas dispõem de um corpus mais robusto, com indícios da produção gráfica do próprio estabelecimento, ao passo que outros se restringem à identificação do endereço e de suas mudanças na malha urbana. Cada ponto no mapa corresponde a um estabelecimento, agente ou ocorrência documentada, abrangendo desde anúncios de venda de equipamentos e oferta de serviços diversos – que iam da pautação de folhas à confecção de encadernações e partituras – até registros sobre o ensino de um ofício, falências, trocas de endereços, liquidações judiciais e contratações de profissionais. De fato, para além do levantamento dos endereços, o trabalho resultou no mapeamento de múltiplas práticas profissionais, das quais se delineia um conjunto temático que emerge das próprias fontes: um repertório de assuntos, agentes e situações recorrentes que configuram a vida do setor gráfico-editorial oitocentista carioca.

Cartografia e Ferramentas Digitais

Inicialmente representados em mapas históricos vetorizados, os dados da base serão aos poucos, e graças ao apoio do projeto ImagineRio – atlas digital que ilustra a evolução urbana e visual do Rio de Janeiro ao longo de toda a sua história –integrados a um Historical Geographic Information System (HGIS), ampliando tanto as possibilidades de análise interna quanto as de articulação externa.

Internamente, o sistema possibilita, de forma precisa: a aplicação de filtros temporais e a realização de comparações por períodos; a identificação de zonas de concentração e padrões de mobilidade; bem como a análise das dinâmicas de dispersão de atores gráficos ao longo do século XIX.

Por outro lado, o georreferenciamento dos endereços cria uma camada-base de referência universal sobre a qual podem ser sobrepostas novas camadas temáticas, como por exemplo, edificações relacionadas ao sistema literário mais amplo e aos espaços de apropriação do impresso, bibliotecas, gabinetes de leitura e escolas, favorecendo a exploração de outras redes de relações entre espaços, práticas e agentes sociais, além de permitir justapor as transformações urbanas às dinâmicas espaciais do mundo gráfico.

Patrimônio e Memória Gráfica

Em um segundo momento, o uso do HGIS abrirá caminho para a criação de percursos históricos e rotas temáticas de práticas gráficas no tecido urbano contemporâneo. Dessa forma, o projeto busca não apenas compreender a cultura impressa oitocentista, mas também articular patrimônio cultural, memória gráfica e espaço urbano.

Ana Utsch | UFMG

Como citar este trabalho:

DOCUMENTAR: Fontes para a Cultura Gráfica. Coordenação: Ana Utsch. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 2025. Disponível em: https://documentarculturagrafica.org

Arquivos, bibliotecas, museus e plataformas consultadas

Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro

Arquivo Nacional

Bibliothèque National de France

Brasiliana Fotográfica | Instituto Moreira Salles

Fundação Biblioteca Nacional

Hemeroteca Digital Brasileira 

ImagineRio | Spatial Studies Lab | Rice University

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